Obesidade: Tratamento natural ou tradicional

Há algum tempo tenho notado um grande sofrimento que não é percebido pela maior parte das pessoas. Noto nelas uma grande ansiedade, parece que a vontade delas é encontrar uma fórmula mágica que mostre como a obesidade começa e como pará-la.

Mas acabam se frustrando ainda mais com as decepções que sofrem pelo que as pessoas lhes dizem e com os tratamentos tradicionais que não funcionam.

Assim como algumas pessoas que eu conheço que sofrem ou sofreram fazendo dietas e tomando remédios seguindo as regras do tratamento tradicional para a obesidade praticado pela medicina sem perder um quilo sequer; algumas até comem pouco, mas não diminuem a cintura nem abaixa o peso suficientemente.

E tem muitas dessas pessoas que, por causa de seu corpo obeso, isolam-se do mundo hibernando em suas casas por vergonha de sair às ruas ficando praticamente sem se movimentar o que piora ainda mais seu problema.

É fato que muitas pessoas não tomam medicação nem fazem exercício de maneira correta, ou sob orientação profissional adequada.

Algumas tomam medicamentos indicados pelo médico e até fazem dietas e exercícios de maneira correta, mas seus metabolismos são tão baixos que acumulam gordura mais rápido do que pedem peso.

Ao longo dos próximos parágrafos vou passar algumas dicas interessantes para você se alimentar melhor, criar ânimo para romper a hibernação, andar nas ruas, movimentar seu corpo e criar atitudes positivas, também vou te falar algumas verdades sobre como perder peso rapidamente. Aproveite o conteúdo.

TRATAMENTO NATURAL OU TRADICIONAL ?
A primeira coisa que vou te dizer é que a obesidade é um problema multifatorial (muitas causas) que tem sua origem no descontrole nutricional.

Depois de se chegar a um excesso de peso tal que seja considerado obesidade a solução não é apenas fazer exercícios e dietas, como é feito de forma tradicional é muito mais que isso, é necessário adotar atitudes comportamentais que nem sempre são fáceis devido aos vícios alimentares errados nos quais a maioria das pessoas nesse estado se encontra.

O tratamento natural para obesidade é algo sutil, fácil de aplicar, mas difícil de assimilar, por causa da pressa que as pessoas geralmente têm em ver os resultados.

Muitas pessoas ainda relutam em aceitar a possibilidade de resolver seu problema de excesso de peso por meio de métodos naturais devido a dificuldade que tem para romper com os hábitos alimentares nos quais estão viciadas e adotar um novo estilo alimentar.

O que tem que ser levado em consideração é o fato de que a pessoa demora às vezes 15 anos para chegar ao status de obesa, gerando lentamente uma alteração metabólica no organismo condicionando-o as regras do descontrole nutricional como forma de tentar metabolizar os excessos alimentares cometidos cotidianamente.

Por isso o retorno as condições naturais do corpo não ocorre tão rapidamente como geralmente se espera e como muitos prometem acontecer.

Essa é a principal razão que impede o organismo de atingir o peso ideal rapidamente, há no mercado muitos métodos prometendo verdadeiros milagres, mas chamo sua atenção aqui para um detalhe o milagre do emagrecimento acontece quando você consegue regular seu metabolismo.

A regulagem do metabolismo pode até acontecer muito antes do prazo previsto, pois cada organismo é um organismo à parte, mas no geral isso não acontece da noite para o dia devido a eventos necessários que devem acontecer quando se está trabalhando o reequilíbrio energético do corpo.

Qualquer tentativa de obter emagrecimento em tempo recorde é arriscada para o organismo.

O principal evento e o mais demorado é a recuperação dos receptores de insulina e leptina que foram danificados pelos excessos de glicose despejado na corrente sanguínea até chegar ao descontrole nutricional ou à síndrome metabólica.

A recuperação da sensibilidade a esses dois hormônios tem que ser feita a fim de tirar o organismo do modo de armazenamento energético e trazê-lo de volta ao seu modo natural de queimar as gorduras como combustível.

Não que eu seja excessivamente otimista, mas por que passei por isso e vi acontecer em meu próprio corpo, estou querendo dizer que a recuperação dos receptores de insulina e leptina ocorrem com certa facilidade e rapidez quando se dedica de corpo e alma ao seu objetivo de mudar a alimentação e se alimenta corretamente, mas pode ser demorado se isso nâo for feito adequadamente.

A opção de alimentos para esse caso é abrir mão dos carboidratos simples totalmente substituindo-os por fontes de carboidratos de baixa carga glicêmica como legumes, por exemplo.

Manter as gorduras boas excluindo as fontes de gorduras trans (margarinas e óleos vegetais industrializados) comer proteínas de alto valor biológico (carnes magras, ovos, peixes, frutos do mar, aves e vegetais leguminosos (vagem, lentilha, amendoim, etc.)). Essas dicas podem te ajudar a superar o descontrole nutricional e te ajudar a atingir o peso ideal.

 

A obesidade tem se tornado muito frequente na humanidade, devido exatamente aos costumes alimentares que cada vez mais se aprofunda no consumo de carboidratos simples na forma de massas, pães, bolos, doces e biscoitos recheados de aditivos alimentares e gorduras trans.

Alimentos impregnados com essas substâncias são capazes de levar qualquer organismo por mais saudável que esteja ao descontrole nutricional, mantê-lo com excesso de peso e fazer com o peso aumente até a obesidade em pouco tempo.

Depois de atingir o status de obeso, a perda de peso não é mais uma situação que se pode resolver com facilidade uma vez que lutaremos contra as tendências fisiológicas do organismo contra variações bruscas no peso e a insensibilidade à insulina que dificulta a queima calórica.

As células adiposas após vários aumentos subsequentes de tamanho registram em sua memoria os novos limites e tendem a manter essa nova capacidade de armazenagem dificultando o emagrecimento pelo estímulo da fome.

O principal hormônio inibidor do apetite a leptina parece não agir no organismo quando este chega a situação de obeso. A explicação para isso é que a degradação dos receptores de leptina nas células adiposas deixa-as insensíveis e esse hormônio e o tecido adiposo continua armazenando gordura normalmente.

A leptina é responsável pelo envio de mensagem ao cérebro informando sobre os níveis de gorduras armazenadas.

Quando há insensibilidade à leptina o cérebro acha que o corpo está com baixos níveis de gordura e envia mensagem a tireoide para que ela mantenha o metabolismo baixo a fim de garantir o armazenamento de gorduras.

E as dietas nesse caso são contraproducentes, pois qualquer restrição alimentar que represente um risco de diminuição brusca do aporte energético leva a ativação dos mecanismos de defesa colocando o organismo no modo de armazenamento estratégico, diminuindo ainda mais o metabolismo a fim de compensar as perdas.

Esse é o dilema principal de quem chega ao status de obeso e a maioria das pessoas estão buscando por soluções imediatas e fáceis quando na verdade essas soluções são arriscadas e os resultados são temporários.

Há muitas ideias acerca da perda de peso, mas quando se trata de uma pessoa obesa o emagrecimento deve ser no tempo requerido pelo seu organismo para que seja seguro, pois as dietas restritivas não funcionam em longo prazo, como visto no paragrafo acima, elas dificultariam o processo de emagrecimento ao sinalizar o sistema nervoso como escassez de alimentos.

O ideal seria utilizar-se de estratégias de modulação dos mecanismos emagrecedores naturais visando promover a reabilitação do metabolismo enquanto as células adiposas vão sendo forçadas a voltarem ao seu tamanho original.

Dessa forma a perda de peso representa um emagrecimento real e seguro, e apesar de ser mais demorado será permanente.

Por essa razão o tratamento natural para obesidade ou síndrome metabólica não deve ser feito por meio de dietas restritivas, e sim substitutivas, muitos alimentos de baixo valor glicêmico e alto valor biológico podem enganar o organismo, estimular a produção de leptina e reduzir os níveis de insulina na corrente sanguínea.

Como a doença é multifatorial uma das atitudes muito útil que deve ser levado em conta é a desintoxicação do fígado que nessas alturas está com suas funções seriamente prejudicadas pelo desdobramento do excesso de colesterol exógeno em cálculos biliares que são depositados nos hepatócitos depois de entupirem a vesícula biliar.

Além dos cálculos biliares o excesso de gordura nos hepatócitos leva o fígado à condição doentia de fígado gorduroso ou esteatose hepática que pode levar a doenças como hepatite, cirrose hepática e câncer.

O organismo nessa condição passa a produzir toxinas oriundas dos erros metabólicos e dos excessos de glicose produzido pelo alto consumo de carboidratos simples aumentando os efeitos deletérios ao fígado.

Após a obstrução da bílis pelos cálculos eles serão depositados nos hepatócitos causando o inchaço do fígado e a obstrução dos ductos biliares.

Obstruída pelos cálculos a vesícula biliar não consegue mais injetar bile nos intestinos e a digestão das gorduras não ocorrerá ou ocorrerá parcialmente.

Com a gordura não digerida no intestino fica prejudicada a absorção de cálcio levando a um quadro de osteoporose e o aumento de bactérias patogênicas por conta das gorduras não digeridas misturadas aos restos alimentares no cólon.

E assim está formado o quadro multifatorial da obesidade.
Os cálculos biliares são um dos resultados de alimentação e hábitos de vida pouco saudáveis.

O tratamento tradicional da obesidade baseia-se em dois princípios básicos a restrição do fornecimento de energia ao organismo e a programação de exercícios adequados a cada fase evolutiva do tratamento.

Sob esse ponto de vista o tratamento da obesidade depende simplesmente da redução da entrada de energia, que deve tornar-se menor do que o consumo do organismo.

Em outras palavras, isso significa inanição parcial.

Para atingir esse propósito, a maioria das dietas é planejada para conter grandes quantidades de “alimentos volumosos”, os quais, em geral, são constituídos por compostos ricos em celulose não nutritivos.

Esse volume distende o estômago e, assim, alivia parcialmente a fome.

Estudos mostram que na maioria dos animais inferiores, esse procedimento faz com que o animal aumente a ingestão de alimentos; todavia, o ser humano quase sempre consegue enganar-se, visto que a ingestão de alimentos é, algumas vezes, controlada tanto pelo hábito quanto pela fome.

Vários medicamentos que reduzem a intensidade da fome têm sido utilizados no tratamento da obesidade, o que eu considero dispensável e prejudicial ao organismo.

O mais importante desses medicamentos é anfetamina (ou seus derivados), que inibe diretamente o centro da alimentação no hipotálamo lateral.

O uso desse fármaco é perigoso, porquanto excita simultaneamente o sistema nervoso central, tornando a pessoa nervosa e elevando a pressão arterial.

Além disso, a pessoa logo se adapta ao medicamento, de modo que a redução do peso não costuma ser de mais de 5 a 10%.

Por fim, o esperado por esses métodos tradicionais é que quanto mais a pessoa pratique exercício, maior o consumo diário de energia e mais rapidamente desaparece a obesidade.

Pois sob o nosso ponto de vista esse método de tratamento está fadado ao insucesso total, pois limitar a entrada de energia é o mesmo que ligar os mecanismos de defesa do organismo e coloca-lo no modo de armazenamento.

Por outro lado praticar exercícios físicos enquanto se limita a entrada de energia apenas aumenta a fome e aprofunda o problema uma vez que os exercícios físicos contribuem com apenas 20 % no processo de emagrecimento, os demais 80 % são obtidos por meio de alimentação correta.

E mais, afirmo com conhecimento de causa que a origem do problema não está na quantidade de alimento e sim no tipo de alimentos ingeridos.

Os maus hábitos alimentares estão baseados na ingestão de alimentos altamente glicêmicos fornecedores de calorias vazias (sem nutrientes de qualidade) que elevam cotidianamente as taxas de glicose forçando os picos de insulina no sangue.

Dentre estes alimentos podemos citar sem sombra de duvidas os carboidratos simples, que são dispensáveis ao organismo, mas são consumidos com avidez graças a sua propriedade de liberar energia imediatamente na corrente sanguínea.

Esse é de fato um alimento que vicia o organismo, levando as pessoas a consumi-lo como se fossem imprescindíveis à sua dieta.

O erro está exatamente nesse detalhe, pois ao fornecermos energia ao organismo dessa forma os tecidos passam a utilizar preferencialmente os carboidratos como fonte de energia em lugar das gorduras e proteínas que oferecem mais dificuldade ao organismo na liberação da energia contida em suas moléculas.

As reservas de carboidratos no organismo são de apenas algumas centenas de gramas (principalmente sob forma de glicogênio (70 gr) no fígado e (170 gr) nos músculos) e só podem suprir a energia necessária para a função do organismo durante, talvez, meio dia.

Isso leva o organismo a preferir os carboidratos, mas ao oferecer os carboidratos certos na sua forma mais difícil de liberar energia junto às proteínas e as gorduras boas ele ira absorver a energia das proteínas primeiramente e assim ocorrera sua auto regulagem.

O uso incorreto dos carboidratos é sem duvida o responsável por todos os problemas de excesso de peso que tem levado a obesidade e aos sérios problemas resultantes.

Devemos lembrar que existem três tipos de carboidratos:
1. Simples (açúcar, arroz, babata inglesa, massas, pão francês, frutas, grãos, etc.),
2. Complexos (massas integrais, arroz integral, batata doce, aveia), e
3. Fibrosos (legumes e verduras).

Dentre esses tipos de carboidratos os mais nocivos ao organismo são os simples que fazem parte da maioria dos alimentos industrializados na sua forma ainda mais prejudicial que é a forma refinada (açúcar refinado, farinha branca, amido, etc.)

Os carboidratos complexos são menos prejudiciais, mas são densos e o seu consumo é contraindicados para pessoas que necessitem de perder peso.

Os carboidratos indicados para interferir no processo de ganho de peso e levar o organismo ao seu autocontrole metabólico são os fibrosos consorciados com proteínas de alto valor biológico e gorduras boas.

As gorduras boas (ácidos graxos de cadeias médias e curtas, presente no óleo de coco, nas nozes, castanhas, sementes e no azeite de oliva, abacate…) representam a principal fonte de energia para o organismo.

Além de fazer parte das membranas celulares os lipídeos são também a principal fonte de construção de hormônios, inclusive os da reprodução. Quando a oferta de carboidratos simples é mínima ou não existe o organismo usa as gorduras como fonte de combustível.

Assim como as gorduras as proteínas são essenciais ao organismo por se tratar dos tijolos básicos da reconstrução diária do organismo.

Quando tentamos resolver o problema por meio de restrições energéticas e exercícios físicos provocamos imediatamente a inanição que pode levar a quadros de desnutrição parcial e sinalizar ao organismo para o risco de extinção por falta de alimentos e isso representa um imenso salto para trás no progresso do emagrecimento.

Mas quando nos utilizamos de meios corretos, que valorizem e respeitem o organismo em sua sabedoria biológica de mais de dois milhões de anos, então conseguimos “promover” o emagrecimento de forma simples e precisa.

O principal fator que garante a manutenção do excesso de peso é o consumo exagerado de carboidratos simples combinado com outros alimentos de baixa qualidade biológica.

O consumo de carboidratos simples é o responsável por elevar os índices de glicose na corrente sanguínea que força a elevação da quantidade de insulina produzida a fim de retirar a glicose do sangue e leva-la para os tecidos adiposos.

Essa luta diária é a causadora da insensibilidade à insulina e a leptina cujas consequências são o aumento de peso infinito, aumento da pressão arterial, surgimento da diabetes e os demais problemas da obesidade.

A mudança estratégica e correta na alimentação tem efeito positivo duradouro e eficaz, mesmo que seja mais lento o emagrecimento dessa forma é seguro e certo e com a vantagem de não correr riscos de entrar no circulo vicioso do efeito sanfona.

O emagrecimento assim é natural produzindo condicionamento químico ao organismo de tal forma que ele fique treinado e reabilitado por meio da readaptação alimentar.

Igualmente, afirmamos que os carboidratos provocam vicio rápido e forte no organismo a ponto de deixar a pessoa presa ao consumo desse tipo de alimento que leva o corpo à desregulagem metabólica pelo despejo contínuo de glicose em excesso na corrente sanguínea.

Por isso discutimos a questão do tratamento tradicional e apontamos o tratamento natural como saída viável para o problema da obesidade ou síndrome metabólica.

Muitas pessoas, quando entendem que é possível emagrecer com saúde, de forma natural por meio de uma boa alimentação e exercícios físicos adequados abandonam a ideia das dietas e dos tratamentos tradicionais com medicamentos e outras técnicas miraculosas que prometem emagrecimento rápido.
Com o tempo essas pessoas descobrem as vantagens em seguir a via natural de emagrecimento, adquirem segurança no que está fazendo e passam a viver uma vida melhor, com sua autoestima em alta, com mais saúde, mais disposição para o dia a dia em suas tarefas diárias e passam inclusive a recomendar essa prática a outras pessoas também.
Espero que esse artigo tenha sido útil e desejo, de verdade, que você deixe um comentário para eu saber que posso publicar ainda mais conteúdo de qualidade, como esse

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